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domingo, 11 de dezembro de 2011

Limpando sua guitarra exemplos e dicas

Produtos na versão automotiva, sejam eles ceras, pastas de polimento ou limpador de plásticos. Acho que esses produtos funcionam melhor, são mais fáceis de achar e geralmente mais baratos. Lembrando que a Meguiar’s possui também uma linha exclusiva para instrumentos musicais, porém julgo esses produtos mais destinados a uma limpeza diária e menos abrasiva, visto que são mais fracos que a linha automotiva.
Para começar, a dica que dou é identificar bem no instrumento o que precisa ser feito e separar todos os produtos necessários para o processo, afinal de contas, você não quer chegar na metade do serviço e descobrir que não tem um produto ou que vai precisar de algo que não tinha contado e com isso ter de parar no meio e deixar sua guitarra desmontada enquanto providencia algo que faltou.



A minha precisa de um bom polimento de trastes, hidratação de escala, polimento geral do corpo (porque não ? afinal já esta desmontada mesmo) e a recuperação de toda a ferragem. Após isso uma bela regulagem deve deixar o instrumento como novo.



Acho que tudo começa pela desmontagem da guitarra, que deve ser feita com muito cuidado, separando as peças em alguma caixa para não perder nada. Deixei propositalmente essa guitarra em um nível alto de oxidação, para demonstrar melhor como podem ficar os trastes, bem como a deterioração das ferragens, principalmente as douradas, que quase sempre não tem conserto.








Vocês podem reparar que os trastes estão bem oxidados, praticamente pretos e impossibilitando qualquer uso do instrumento, lembrando que nunca é recomendável utilizar a guitarra caso seus trastes estejam começando a apresentar sinais de oxidação, assim como suas cordas não podem ter pontos de ferrugem, isso porque o uso sob essas condições pode amassar os trastes mais facilmente, necessitando assim de uma retífica de trastes prematura.
Pois bem, depois de tudo desmontado e guardado, o próximo passo é isolar bem a escala com fita crepe para deixar apenas expostos os trastes e proteger bem a madeira da escala. Eu utilizo 3 rolos diferentes, cada um com uma dimensão, assim conforme eu vou subindo a escala e a casas começam a ficar mais estreitas, vou usando uma fita mais fina e isso diminui bastante o trabalho de ter de cortar fitas na medida da casa.



Captadores Isolados



Começando a isolar a escala



Escala isolada até o final



Visual final






Com tudo bem isolado, chegou a hora do primeiro polimento, para isso utilizo um produto de polimento de metais da Meguiar’s chamado “All Metal Polish” da linha NXT. Esse produto, além de polir rapidamente e sem deixar riscos no metal, ele também proporciona uma camada de proteção, o que dificulta uma futura oxidação. Para o primeiro polimento, passo o produto sobre os trastes e com o auxílio de um pedaço de palha-de-aço vou “polindo” os trastes até esses ficarem brilhantes. Logo após isso eu retiro o excesso do produto com um pedaço de algodão ou um pano seco e macio. Os trastes já devem estar brilhando, mas ainda podem possuir pequenos riscos, então, para um polimento mais fundo e um acabamento mais brilhante, repito o processo, mas ao invés de utilizar a palha-de-aço, dou o polimento com um pedaço de pano de microfibra e em seguida retiro o excesso do produto novamente com um pano macio.

Trastes oxidados



Primeiros trastes polidos e massa nos seguintes



Após o polimento



Pronto, seus trastes devem estar brilhando como novos, ou até mais brilhantes, então agora é hora de passar para o próximo passo, a hidratação da escala.



Para isso, primeiro remova toda a fita crepe aplicada na escala para proteção. Para escalas de rosewood e ébano eu utilizo o “Óleo de Limão” da Planet Waves, gosto mais desse do que o da Dunlop, porém uso os dois com o mesmo resultado. Com o auxílio de um algodão embebido do óleo, passe gentilmente na escala, em movimentos circulares, casa por casa. Capriche nos cantos com o auxílio da unha para retirar alguma resto de massa de polir. Aplique em toda a escala e deixe hidratar por algum tempo. Lembrando que isso apenas é recomendado para das chamadas “escalas escuras”, pois alguns componentes do óleo de limão podem manchar escalas claras, geralmente de maple. Se a escala dor de maple envernizada, do tipo das Fenders, você pode polir a escala com a mesma cera que vai polir o corpo, já que geralmente o acabamento é o mesmo. Cuidado com escalas envernizadas com camadas finas e delicadas, pois um produto mais abrasivo pode riscá-las (vou preparar uma seção especial sobre cuidados com escalas claras, fiquem ligados).

Enquanto isso, aproveite que a escala está sendo hidratada e comece a polir o tampo da guitarra. Gosto muito da cera “Tech Wax 2.0 NXT”, como podem ver nas fotos.



Eu uso um algodão e vou polindo até criar uma camada espessa e seca sobre a guitarra, depois retiro o produto com outro algodão limpo e dou o brilho com uma flanela de micro-fibra.Depois de um belo polimento no tampo e no headstock do seu instrumento, sua escala provavelmente já deve ter absorvido o suficiente do óleo de limão, sendo assim, utilize um algodão seco e retire o excesso do produto que sobrou. Caso sua escala tenha absorvido todo o óleo rapidamente, significa que ela estava muito seca e sendo assim, repita o processo até ver que o produto não é rapidamente “sugado” pela madeira e só então retire o excesso que sobrou.

Depois de tudo isso, seu braço deve estar com os trastes brilhantes e a escala bem hidratada. Agora é hora de passar para um polimento mais a fundo do instrumento como um todo (lembrando que já demos um pré polimento no tampo) e também cuidar das ferragens, que possivelmente devem estar esbranquiçadas ou com pontos de oxidação, mas isso fica para o próximo capítulo.

Fim da primeira etapa: Trastes brilhando, escala hidratada e tampo polido

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